
Algo me sufoca. Muito. Não sei descrever com exatidão as sensações que me habitam e isso me atormenta. Me atormentam porque não são poucas. São excessivas, sobram, vazam pelos meus poros, transpassam meu interior e a necessidade de compreende-las nao me faz caminhar. O efeito é contrário.
Não sou bipolar (não que eu saiba) e sempre fui insatisfeita, mas nas ultimas semanas tudo parece absurdamente insuficiente. Quero mais, bem mais. De que? A pergunta paira no ar.
O reflexo do meu espelho ainda não me é familiar, o som da minha voz ainda que mudo me ensurdece e a velha conhecida grita e clama por tradução. Eu luto contra diariamente, mas ela tem se mostrado muito mais forte que eu. Antes eu achava que parar para descrevê-la era o mesmo que lhe dar vida. Mais. Hoje percebo que, em primeiro lugar, é impossível fingir que ela não existe. Em segundo, ignorar a proporção que têm só faz com que cresça a cada dia. Em terceiro, esclarecê-la pra mim mesma e tentar me tornar sua amiga, por mais dificil que pareça, talvez seja a melhor e única saída.
Não agüento mais ser morada do que me enlouquece. Não aguento mais me procurar constante e incessantemente em mim mesma.

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