É como se tudo estivesse de repente perdido. Como se o sentido se esvaísse. De tudo. Em tudo. Desejos, anseios, sonhos, sensações.
Nada mais é inteiro, nem eu. Eu me perdi de maneira diferente dessa vez. Misteriosamente, o saber da busca se foi e ele era um dos únicos que nunca havia se despedido antes. Eu não sei mais nada sobre nada que diz respeito a mim e isso me atormenta incessantemente.
Como se não bastasse o fato da minha verdade estar sempre inserida na redundância da minha insatisfação crônica e permanente, o tormento me paralisa. Inerte, essa sou eu.
Olho pra trás e não me reconheço ali. É como se o meu passado fosse tão passado que tivesse acontecido em outra vida. O meu futuro fosse tão vão que eu mal consigo me enxergar diante do breu que se apresenta aos meus olhos quando tento olhar lá adiante. E o meu presente fosse como uma folha de papel. Limpo de informações. Não há relevo, não há cor. Nem os tons mais cinzas conseguem fixar-se ali. Branco, completamente branco. Solto, sedento de fatos que não identifico para registrar fazendo com que tudo fique ainda mais... Vazio.

3 comentários:
meu deus.. o que é isso?
escreve
e aí? nada mais?
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