quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

.::André::.


Há alguns meses me tocou pela primeira vez. Hoje, acredito ter sido uma re-apresentação. Falou comigo, se fez entender. Ativou lembranças, mas ainda desconheço a origem das coisas. Talvez eu nunca saiba, talvez ele tenha voltado outras vezes pra me ajudar a lembrar, mas a verdade é que tem feito dos meus sonhos seus passeios noturnos e isso me intriga.

Me mostra uma família, uma mulher, sempre as mesmas pessoas. Me aponta, me chama, a nomenclatura é individual e clara. É sempre o mesmo ciclo: esqueço, durmo, vejo, acordo, lembro, sinto, esfumaçam-se as lembranças. Tempos depois, oras meses, oras dias: durmo, vejo, lembro, acordo, recordo, sinto, esfumaçam-se as lembranças.

O primeiro intervalo foi mais longo. O segundo nem tanto. E agora, menos de uma semana depois ele reapareceu.

É um sonho, tento me convencer de que um sonho, mas... Ele tem vida. Seu olhar me traz paz interior, é terno. Não o conheço de fato e tenho afeto por ele. Não vive comigo, mas é exatamente assim que o sinto nas madrugadas em que me visita. Não sei de onde ele vem e tenho vontade de busca-lo. Sinto que, de alguma maneira, um dia eu soube pra onde ele foi, quando partiu, me viu partir ou cortou laços comigo.

Hoje ele me visitou novamente, e resolvi escrever sobre ele.

É lindo, é fofo demais.

André: Tão pequeno, tão doce, tão meu. Mesmo sem nunca ter sido. Mesmo deixando claro no olhar o quanto foi. Ou será.

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