quarta-feira, 11 de abril de 2012

"...E aí me diz o que é que eu faço com essa falta que você me faz..."


A cabeça é quem trai. A minha.

É ela que, assim que abro os olhos, me traz uma imagem sua e faz a saudade ficar mais apertada que o normal. Imagem aleatória, qualquer uma das que ela fez questão de guardar durante os 67 dias que dividiu com você. É ela que em qualquer pausa martela seu nome. É o que ela abriga, são as lembranças que ela não abandona. Ou que se recusam a abandoná-la.

Na impossibilidade de ter pausas eu não desligo. Me diz, o que é pior: o cansaço resultante da agitação mental ou os intervalos que cedem espaço aos pensamentos indesejados.

Eu quero. Porque? Pra que?
Eu sinto. Porque? O que?

Quantos dias mais terei que lutar contra a sensatez que ainda me resta? Quantos dias mais terei que repetir as mesmas coisas pra mim mesma na tentativa vã de me convencer que foi melhor assim?

Melhor? Jura? Pra você talvez. pra você.

#saudadeapertadademais

@#$*(@*U

Pior do que ser avessamente interpretado é ter certeza de que a informação foi repassada e... do avesso.

domingo, 8 de abril de 2012

Hoje.


Nem as lembranças e nem nada do que vem inserido em cada uma delas morreram. Ainda. Estão todas aqui. Até quando eu não sei. Já disse adeus várias vezes, mas se recusam a partir. Rodeiam a mente, roubam meu sono e minha paz. Pode ser que a demora na partida esteja diretamente ligada ao fato de saberem a irreversibilidade do dia em que se despedirem. A eternidade de algo, alguma coisa, qualquer coisa, é um pouco assustador.

Não vou abrir mão da minha transparência escancarada para não assustar. Me assusta o fosco, o indefinido, o embaçado. Eu prefiro o brilho, a cristalidade ainda que ela traga consigo dores e insatisfações. Ainda que, temporariamente, ela consiga esconder minhas cores, tomada pelo cinza das lágrimas que eu tenha vontade de derramar.

Nada é permanente. Nem ninguém.

Eu sou de verdade.

Vou derramar minhas lágrimas. Todas que ainda restam. Vou chorar quantas vezes ainda for preciso, mas vou lavar minha alma. Vou escrever a mesma coisa quantas vezes eu achar necessário até o dia em que eu acorde e veja que não tenho mais vontade de dizer absolutamente nada. Até o dia em que eu acorde e veja que internamente o assunto está definitivamente encerrado.

Vou cicatrizar minhas feridas, não importa quantos dias eu tenha que passar fazendo os curativos.

Meus dias terão tons claros. E a saudade que eu sinto hoje vai acabar.

É só uma questão de tempo. Tempo.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

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E se eu te disser que com o passar dos dias as coisas não ficaram mais fáceis? Que o passar das horas ainda é lento e que você ainda rodeia minha mente mais de 90% do tempo como um fantasma que se recusa a ir embora? Que a lua ontem estava linda no céu e eu desejei que o meu telefone tocasse e fosse você dizendo que tudo isso foi só um mal entendido infeliz? Que eu acordei todos esses últimos dias me recusando a acreditar que tudo não passou de um pesadelo, não por querer continuar sentindo dor, mas por desejar profundamente que a dor simplesmente não tivesse razão de existir.


E se eu te confessasse que a nossa falta de contato, do contato que tínhamos, no tom que tínhamos, deixou um buraco imenso no meu dia-dia? E se eu te confessasse ainda que muitas vezes durante todos esses dias eu senti vontade de te ligar só pra te ouvir ou te mandar um email só pra contar que estava pensando em você e que graças a um restinho de equilíbrio e consciência que ainda vivem em mim eu não fiz nada disso?


E se como confidência, eu dissesse baixinho que seu corpo e seu toque ficaram em mim e latejam a cada vez que eu me lembro deles?


E se eu te contar que a saudade me sufoca? Que a solidão que sinto de você nesse momento é dolorosa demais e que a cada vez que penso que você mal se lembra do que aconteceu meu peito fica menor ainda? Que quando eu penso que essa falta existe só em mim eu chego a te odiar por alguns minutos (só por alguns minutos) por achar incompreensível como alguém que me deixou tanta saudade consegue ser tão indiferente a minha ausência? E que essa sua indiferença me faz sentir descartável, pequena como mulher e que essa é a parte mais difícil de assimilar? Que mesmo a culpa sendo toda minha, eu ainda não entendo? Que mesmo repassando mil vezes na minha mente os dois meses que passei com você eu não consegui encontrar o momento em que eu possa ter feito algo que ocasionasse o fim, mas que já parei de procurar explicação porque sei que não vou encontrar?


Que me enlouquecia o fato de que todas as vezes que eu achei ter te entendido eu descobri que estava completamente enganada, fosse de forma favorável ou não? E que mesmo assim eu não perdia a vontade de te descobrir?


E que, provavelmente, encerro aqui as minhas frases simplistas sobre tudo isso, porque não me esforçarei mais para tentar traduzir algo que por maior ou melhor que seja, se fará sempre incapaz de tocar você.

terça-feira, 3 de abril de 2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Cuida de mim enquanto não me esqueço de você..."


Eu sei que sou forte, eu só estou frágil. É essa saudade que agarra o peito e não solta. Que aperta o coração, que atormenta a mente, que impede o sono e arranca o apetite. A falta de tudo, até do que não aconteceu. A vontade infinita de que tudo fosse o contrário do que é agora, de ser sua, de ter você pra mim, de te fazer sorrir, de tocar você e sentir que tudo pode ser ainda melhor que antes. É a dor que não acalma, as lágrimas que não dão tregua. A concentração que foi embora e se perdeu por aí em algum lugar do caminho.

Cuida de mim?

=(

domingo, 1 de abril de 2012

E as sessões de cinema, as sessões de teatro, os passeios no parque, as viagens a dois, as viagens em grupo, a viagem internacional... Os filmes nas noites de frio com edredom e pipoca, os carinhos que precedem o sono no fim de semana em que não se pode dormir fora, os carinhos que procedem e até mesmo interrompem o sono nas noites a sós... as conversas soltas, as confissões de segredos, o compartilhamento de sonhos e vontades,  as “briguinhas” de ciúme que anunciam uma reconciliação cheia de saudade, o prazer de dar e se doar, a felicidade de receber e retribuir, o fato de permitir que o tempo construa  algo onde se tem a certeza que do outro lado sempre terá alguém disposto a secar suas lágrimas ou se sentir em paz com o seu sorriso, alguém que cuidará sempre de você e que adorará quando puder se sentir cuidado da mesma maneira...  a reciprocidade da sementinha plantada, os programas em família, as noites com os amigos, a vontade de passar horas a fio fazendo planos pra um futuro incerto discutindo qual seria a rotina de uma família que ainda nem se sabe se será construída... a cumplicidade que se conquista, a lealdade que se fortalece, a segurança de que jogos são desnecessários, o respeito que só aumenta, desejo que amadurece e o sentimento que vai evoluindo e solidificando cada vez mais um relacionamento que, independente de rótulo, faz parte do seu bem estar porque lhe garante o fato de que a caminhada é sempre lado a lado.

Um capítulo, depois outro, depois mais outro, cada um a seu tempo,  cada um com seu título, montando uma história que tinha tudo pra ser de verdade e pro bem, fosse ela finita ou não.

Me diz, o que fazer com tudo o que poderia ter acontecido e não aconteceu?